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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Os números da corrupção no Brasil

Contribuição de Claudio Lopes


Image and video hosting by TinyPicA KPMG – conceituada empresa de auditoria com escritórios em todo o mundo – realizou um estudo sobre a corrupção no Brasil. O resultado é espantoso: no país, por ano, são roubados 160 bilhões de reais através da corrupção e crimes do colarinho branco. As fraudes totalizam mais de R$ 438,00 milhões por dia. Os dados estão no jornal O Globo de 28 de julho de 2008.

Mas, você sabe quanto é um bilhão?
Um bilhão é um número tão espantoso que é difícil até mesmo para economistas descreverem a sua magnitude. Mas, vou tentar usando dois cenários:
Cenário 1 – um mundo sem inflação
Se você tivesse um bilhão e gastasse dez mil reais por dia (gastar sem retorno), seriam necessários 273 anos até que o dinheiro terminasse.

Cenário 2 – um mundo com inflação
Se você tivesse um bilhão de reais e o aplicasse na caderneta de poupança (um dos menos rentáveis), poderia gastar, sem retorno, dez mil reais por dia, reajustados mensalmente pelos índices de inflação e, mesmo depois de mil anos, ainda seria bilionário.







Só para lembrar, no Brasil são roubados 160 vezes um bilhão.

Levando-se em conta uma população de 180 milhões de brasileiros, é como se cada um, estivesse sendo lesado, por ano, em mais de R$ 888,00 (incluindo os recém nascidos, e a população que vive abaixo da linha da miséria). Com isso, casos de mortes em hospitais mal aparelhados, deficiência no sistema de educação, altos índices de violência nas cidades, entre outros tantos problemas nacionais, podem ser creditados de forma direta e indireta à corrupção. Fica fácil entender porque o Brasil é um país tão rico e ao mesmo tempo considerado de terceiro mundo.
Não é preciso ir muito longe para notar que, apesar dos pesados impostos pagos pela população, o serviço público deixa a desejar enquanto alguns ocupantes de cargos eletivos ostentam aumento de capital acima do percebido pela população em geral. Os dados são frequentemente divulgados por vários meios de comunicação (jornais, revistas, televisão em todo o país) e já são vistos como “notícia rotineira” pelo público mentalmente “anestesiado”.
Lembro que no plebiscito de 1993 que ouvia a população quanto à forma e sistema de governo (república, monarquia ou parlamentarismo) a ser instituída, num programa de tv, ter ouvido um dos herdeiros da coroa brasileira dizer a seguinte frase: “Os brasileiros são como mendigos sentados sobre uma montanha de ouro”. Pessoalmente não discordo em nada dessa afirmação.
Na internet são muitos os casos de propostas que tornam a corrupção um crime hediondo.
Uma comunidade no Orkut foi criada para estimular os internautas a ver a corrupção como um mal negócio, o endereço é http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=3669906.
Existem inclusive propostas desse tipo que foram lançadas no congresso nacional, onde ficaram esquecidas.



O caso Teresópolis

Teresópolis dá sua contribuição para a composição dos números da corrupção no Brasil.

Infelizmente Teresópolis vem às manchetes de jornal em vários pontos do país por motivos menos nobres do que sua beleza exuberante e vocação para o turismo.
No dia 21 de agosto uma equipe do Ministério Público deflagrou a operação denominada “Tarja Preta” onde foram expedidos 13 mandatos de prisão e 19 de busca e apreensão.
Os números divulgados dão conta de que foram desviados algo em torno de 17 milhões de reais.

Em meio às rodas de bate-papo na cidade, não é difícil encontrar pessoas espantadas com o total da verba desviada divulgado pelas operações do Ministério Público. Mas outras questões freqüentes que vem à tona são as seguintes: onde mais há, ou houve, desvio de verbas? No total, qual o verdadeiro montante dos desvios realizados? Há quantos anos isso vem acontecendo?
O esclarecimento dessas questões fica a cargo dos trabalhos do Ministério Público e Polícia Civil. Quanto a nós, simples contribuintes, não cabe condenar ou inocentar os envolvidos, cabe apenas esperar e torcer para que o dinheiro público seja tratado com o devido respeito e a população tenha o direito de não ser lesada. Com isso, quem sabe não veremos mais notícias sobre mortes em hospitais mal aparelhados, deficiências no sistema de educação etc...
Seremos cidadãos afortunados, usufruindo nossa montanha de ouro.

Notícia lida em: http://www.adpf.org.br/modules/news/article.php?storyid=41216.
Claudio L.


Quer saber como identificar um político corrupto? Clique aqui.

Quer saber como votar corretamente? Clique aqui.

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