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sábado, 10 de março de 2012

Computador quântico - cada dia mais próximo

Fique atento: no momento em que os meios de comunicação transmitirem a notícia de que o primeiro computador 100% quântico e totalmente operacional estiver em funcionamento, o mundo mudará radicalmente. Talvez você já tenha ouvido – ou visto – sobre um computador quântico que começou a entrar em funcionamento em fevereiro de 2007. Na verdade ainda não se tratava de um computador exclusivamente quântico. E por isso as coisas “ainda” parecem correr da mesma forma que em 2007...

O fato é que a forma de funcionamento de um computador quântico é tão eficiente que o que hoje levaria 10, 20 anos, para ser processado com computadores normais, com um computador quântico, levaria poucos meses. E logo que os primeiros resultados fossem conseguidos, o que levaria meses com o computador quântico, logo levaria dias e em seguida horas, e segundos e assim por diante.
Parece haver no ar uma eminência de que logo teremos essa máquina em funcionamento. Desta forma me peguei analisando os efeitos que isso poderia ter sobre nossa vida. São vários e seriam maravilhosos! Uma verdadeira explosão – daquelas bem ao estilo bomba atômica – com descobertas e mais descobertas científicas mais e mais rápidas a cada dia, e a cada vez, mais rápidas.

Uma das primeiras modificações que acredito que experimentaremos será a internet de qualidade infinitamente superior a que temos atualmente. Isso porque a internet passará a usar as partículas entrelaçadas ou partículas assombradas – como descreveu Albert Einstein. Duas partículas entrelaçadas permanecem em estado sempre semelhante instantaneamente, independente da distância que as separa, mesmo que uma esteja aqui e a outra do outro lado do universo. Neste caso, se um pulso sinalizando o estado binário 1 ou ON, atuasse na primeira molécula a segunda também mudaria seu estado para 1 ou ON. A velocidade de conexão seria imediata. Por exemplo: hoje quando uma nave está na órbita do planeta Marte e manda um sinal para a terra, são necessários 40 minutos até que recebamos o sinal e outros 40 minutos até que a nave receba a resposta. Com o entrelaçamento, este contato será instantâneo.

Acredito que a maior das mudanças imediatas no ser humano, será a internet neural. Isso significa que a internet acontecerá no cérebro do usuário e haverá a simulação da realidade exatamente como a experimentamos em nossos dias. O controle do usuário será total na sua configuração. Dessa forma, você poderá criar o seu universo – ou universos - e ser o verdadeiro deus desta “realidade”. Acredito que, num primeiro instante, governos fariam a regulamentação do tempo que pessoas comuns poderiam ficar conectadas. Isso porque será viciante e em alguns casos perigoso ao usuário, que em algumas situações, não reconhecerá a diferença entre o virtual e a realidade. Como realidade é um conceito “do que é reconhecido pelo cérebro”, imediatamente, o virtual seria também a realidade.

A transformação física do ser humano seria inevitável. A morte seria uma escolha. Até mesmo ter um corpo seria uma escolha. Isso porque os avanços possibilitarão que o corpo físico seja excluído e apenas o cérebro - como ultima instância do ser humano físico - seja “o ser humano”.

O cérebro seria inteiramente turbinado e, em seu limite, expandido a extensões computacionais que o tornarão infinitamente expansível. Deixaremos de ser um, para sermos todos um, caso queiramos. Sem um corpo físico, nossa única necessidade será de alimentos essenciais básicos para a manutenção do cérebro. E, no caso do desligamento do cérebro, seus conhecimentos podem continuar na esfera computacional evoluindo como se vivo estivesse.

Você pode achar que estou um tanto “delirante” nesta descrição. Mas veja: observando a história da humanidade neste planeta, sempre que uma nova forma de comunicação, processamento e arquivamento de informações é apresentada, há saltos incríveis de conhecimento e avanços tecnológicos. Em 1900 não conseguíamos sequer voar. No ano 2000 uma sonda fabricada pelo ser humano se aproximava de plutão. Os avanços hoje, mesmo sem o computador quântico, já são rápidos e cada dia mais e mais rápidos. O que antes levava 10 anos para ser solucionado, hoje leva uns 3 ou menos! E daqui a 3 será ainda mais rápido.

Mas, ao mesmo tempo me veio um preocupação: no atual momento humano de inter-relacionamentos gerais – necessidades físicas, comércio, noção de vizinhança, apego a coisas materiais... - temos um sério problema. O ser humano “ainda” não está pronto para a realidade de usar esta tecnologia. Não está pronto tanto no que diz respeito à sua forma física humana como também como em sua forma de pensar. Isso porque o corpo físico tem necessidades inerentes a ele e o pensamento está muito adiantado com relação a isso. Dessa forma mostramos capacidades imensas de propor considerações filosóficas realmente espetaculares, mas ainda não temos condições de alcançar a grande maioria delas. E notamos isso claramente quando vemos um mundo violento, sujo, e cheio de problemas primários – como a fome mundial, por exemplo – e doenças básicas que ainda assolam a humanidade.

Hoje, quando uma empresa se presta a desenvolver um projeto e executá-lo, o faz visando o lucro financeiro. Portanto há um tempo para investir em desenvolvimento, produção, vendas. Com um computador quântico, chegaremos ao ponto que quando pensarmos em algo, em horas teremos o resultado para a produção, e logo que começarmos a produção, teremos o aprimoramento monstruoso do que foi proposto anteriormente, fazendo com que o produto “novo” já tenha se tornado, há muito, obsoleto. Assim que vier a público que o material que está sendo posto à sua disposição é obsoleto, ele terá um alto nível de rejeição. Neste caso prático, notamos a disparidade entre físico e mental. Nós, seres humanos, ainda temos medo de não conseguir uma “boa caça na próxima temporada”, tal como faziam nossos ancestrais da idade da pedra. Por isso somos acumulativos, egoístas e medrosos. Esta mentalidade está encravada na grande maioria dos humanos. E assim será enquanto houver o fator lucro financeiro envolvido, regendo nossas vidas. Esta proposta parece soar como uma sinuca de bico. Mas mesmo as sinucas de bico podem ser desfeitas.

Visualizando um cenário como este, a única solução que consigo ver como possível saída, é a transformação do pensamento de inter-relacionamentos humanos. Ao mudar a forma como nos relacionamos com pessoas e coisas, podemos encontrar a solução para o “problema” de termos um computador quântico eficiente e totalmente operacional. Para entender sobre essa mudança é imprescindível se falar do software livre. O software livre é uma iniciativa de desenvolvimento conjunto e contínua, sem fins lucrativos, que possibilita o melhor do produto em tempo recorde. Como já postei anteriormente neste blog, o software livre tem nos mostrado de várias formas como podemos mudar o mundo, e portanto, nossa realidade pessoal e política.


Todo este pensamento sobre o computador quântico, ser humano e desenvolvimento nos leva inegavelmente à questão singular que encontramos no corpo humano: em todos os seres com cérebro deste planeta, até hoje, nenhum outro ser foi capaz de mostrar ou experimentar um desenvolvimento tão rápido e tão explosivo em seu cérebro quanto os humanos. Não há paralelo entre todas as espécies existentes que justifique ou explique de uma forma natural na escala evolucionária, o crescimento e desenvolvimento cerebral humano. É como se, no decorrer da história do desenvolvimento da humanidade, dormíssemos em uma caverna e acordássemos no dia seguinte prontos para construir monumentos e implantar tecnologias incríveis. Por isso o termo “elo perdido” é um assunto recorrente. E também por isso que as teorias sobre sermos o resultado de um experimento de melhoramento de DNA por seres alienígenas mais avançados vir sempre à tona.

Como podemos notar, chegamos a um momento crítico na história da humanidade com a chegada do computador quântico: a disparidade entre o ser animal e sua capacidade cerebral avançada em um mesmo corpo vai cobrar seu preço.

Por isso precisamos fazer logo a transformação através do conhecimento para a grande parte da população mundial. Precisamos eliminar os absurdos da terra: a fome, as guerras, os sexismos, os conceitos de religiões, as discriminações e transformar os governos. O momento é agora. E sinto que ainda estamos adormecidos sobre isso. A tecnologia está, em comparação com a maioria dos seres humanos comuns, infinitamente adiantada.

O primeiro passo parece ser a introdução do pensamento de desenvolvimento conjunto e não-comercial, assim iniciar o processo e podemos ter o melhor de todos os aspectos apresentados pela evolução explosiva que um computador quântico pode nos proporcionar. Podemos salvar o planeta, nossa cultura, e literalmente, nossa pele. E aí sim, o mundo mudará radicalmente.


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1 comentários:

Milena disse...

Ótima postagem!

Muito inteligente seu texto!

Estimula o pensamento sobre o nosso futuro.

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